Poster (Painel)
186-1 | Estudo da comunidade bacteriana culturável associada à macrófitas aquáticas flutuantes do Rio Paraíba do Sul | Autores: | Granato, T.M. (UENF - Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro) ; Esteves, B. S. (UENF - Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro) ; Gomes, P.H. (UENF - Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro) ; Leite, T. C. (UENF - Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro) ; Silva, N.D. (UENF - Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro) ; Suzuki, M. S. (UENF - Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro) ; Intorne, A. C. (UENF - Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro) |
Resumo O Rio Paraíba do Sul (RPS) fornece água para mais de 12 milhões de pessoas, contudo a falta de tratamento de efluentes tem aumentado a concentração de P e metais neste sistema. Plantas aquáticas e microrganismos constituem um compartimento importante do rio para degradação e acúmulo de substâncias químicas. Todavia, pouco se conhece sobre a interação entre bactérias e plantas aquáticas. O objetivo deste estudo foi isolar, caracterizar e identificar a comunidade bacteriana associada às macrófitas aquáticas flutuantes Salvinia auriculata Aubl., Pistia stratiotes e Eichhornia crassipes presentes no RPS. Amostras foram coletadas nos anos de 2013 e 2014 em Resende-RJ(Médio Paraíba) e São João da Barra-RJ(SJB)(Baixo Paraíba), a foz do RPS. As análises hidroquímicas e nutricionais nas plantas aquáticas mostraram que as áreas são semelhantes. Os valores médios de temperatura, pH e condutividade foram 29,4 oC; 6,6 e 90 &muS/cm, respectivamente. A avaliação das 3 plantas após digestão nitro-perclórica e análise em ICP-MS revelou concentrações de Cr e Pb acima dos limites de toxicidade relativa em SJB. Já os dados de água apresentaram valores 10X acima do permitido para P em ambos os municípios. No isolamento das bactérias, o tecido vegetal foi lavado e incubado em cuba de ultra-som. As plantas foram maceradas e plaqueadas em meio DYGS e NYDA (24, 48 e 72h a 30oC). Foram obtidos 81 isolados, sendo 21 de S.auriculata Aubl., 27 de P.stratiotes e 33 de E.crassipes. A maioria foi obtida em SJB e o tecido com maior diversidade bacteriana foi a raiz. Cada isolado foi submetido à coloração de Gram para identificação taxonômica inicial. Até o momento, o sequenciamento do 16S rRNA identificou 8 gêneros distintos nas 16 colônias isoladas de S.auriculata e 3 gêneros nos 5 isolados de P.stratiotes, a maioria descritos tendo ação benéfica em plantas, como Pseudomonas e Bacillus. Também foram realizados os testes fisiológicos: solubilização de nutrientes, fixação biológica de nitrogênio e produção de compostos indólicos. Dos 21 isolados analisados, todos foram positivos para pelo menos um dos testes, sendo assim caracterizados como bactérias promotoras do crescimento vegetal. Deste modo, com os dados obtidos será possível melhor compreender o papel ecológico do bacterioma das macrófitas estudadas, propiciando futuramente explorar o potencial biotecnológico desses microrganismos para biorremediação de ambientes contaminados. Palavras-chave: bactéria, macrófita aquática, bacterioma, comunidade bacteriana, associação |